domingo, 6 de dezembro de 2009

TREINAMENTO FUNCIONAL

Se consultarmos o dicionário encontramos as seguintes definições:

Treinamento: referente ao treino, treinar. Significa tornar apto para determinada tarefa ou atividade.

Funcional: referente à função ou desempenho desta. Concernente às funções orgânicas vitais ou a sua realização.



Ou seja, o treinamento funcional nada mais é do que é uma sequência de exercícios feitos para que o indivíduo adquira ou recupere valências físicas que diminuem com o passar dos anos e com o sedentarismo. São feitos em pranchas de equilíbrio, bolas, elásticos e outros equipamentos que aumentam a dificuldade dos movimentos e a necessidade de uma coordenação motora bem desenvolvida.






Os exercícios consistem basicamente em agachar, avançar, abaixar, puxar, empurrar, levantar e girar com o objetivo de desenvolver equilíbrio, força, flexibilidade, resistência, coordenação e velocidade. Estas qualidades são importantes para cumprirmos tarefas normais do cotidiano tais como: amarrar o próprio calçado, levantar da cadeira sem ajuda, agachar para pegar algo no chão sem perder o equilíbrio ou machucar as costas, alcançar objetos no alto, guardados acima da cabeça, sem sentir dor no ombro, caminhar nas ruas com equilíbrio e segurança, subir e descer degraus com mais firmeza nas pernas e principalmente, respirar melhor.


Tarefas aparentemente simples podem se tornar complicadas, causando transtornos porque as musculaturas não estão fortes o bastante para tais movimentos. Estando atrofiadas, algumas rígidas, dificultam a mobilidade e ficam vulneráveis às lesões. O desenvolvimento da força e flexibilidade pode ajudar a evitar problemas no dia-a-dia, tanto em tarefas domésticas quanto no trabalho, além de melhorar a estética corporal.



Tais exercícios têm como base, tanto prática como teórica, métodos estruturados de outras atividades como pilates, yoga, tai chi chuan, ginástica, facilitação neuromuscular propioceptiva, etc., tornando-se assim, um método que engloba conceitos sólidos e bem fundamentados. Os exercícios funcionais não têm como objetivo prevalecer sobre as outras atividades. Eles são mais uma opção de treinamento, uma ferramenta para os programas de exercícios.


Outra consideração importante é que, quando optamos por realizar exercícios funcionais, precisamos ter consciência que os mesmos necessitam de vários cuidados, precauções e orientação por não se tratar de uma atividade que vise puramente a força do músculo de forma isolada mas sim, a harmonia do movimento.

O profissional que orienta - professor de educação física - deve estar dominando a prática e a teoria num trabalho minucioso. O que digo para meus alunos é: mantenham-se saudáveis, com peso corporal baixo, articulações e tendões fortalecidos, ossos mais rígidos, músculos resistentes, alimentação equilibrada e sorriso no rosto. Isto tudo é sinônimo de longevidade e bem-estar! A medicina preventiva é a melhor aliada da sua saúde.




O professor de Educação Física vai orientá-lo(a) da melhor maneira possível para que você cultive uma qualidade de vida melhor e aposte em um futuro saudável. Portanto cuide-se permanentemente, sem sobrecargas e exageros, mantendo regularidade em seus exercícios físicos e equilíbrio emocional. Sorria sempre, seja otimista, tenha bom humor e ... mova-se!

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Natação

Como ex-nadador que sou, sempre senti falta de escrever sobre a atividade que pratiquei durante 10 anos. Finalmente pude agora escrever.

A natação hoje no Brasil está em franca ascenção. Um dos principais motivos é claro, a medalha de ouro do nadador César Cielo Filho, conquistada nos últimos Jogos Olímpicos de Pequim em 2008. O surgimento de ídolo nacional era o que faltava para que milhares de praticantes fossem às piscinas atrás de uma ótima forma de treinamento.


Alguns dos principais benefícios:

- não há impacto em articulações ou músculos, dificultando o surgimento de lesões;

- a ausência de impacto faz da natação o exercício ideal para quem se reabilita de contusão ou quer uma prática constante para queimar gordura e manter o peso corporal;

- trabalha o sistema respiratório e cardíaco, melhorando o condicionamento físico;

- o contato com a água alivia tensões do dia-a-dia, sendo ótimo contra o estresse;

- trabalha todos os grupos musculares, sendo um exercício dos mais completos.

Apesar desses benefícios, como toda atividade física, a natação necessita de alguns cuidados, principalmente se o praticante estiver sedentário ou nunca nadou. Se esses dois fatores estiverem combinados, os cuidados deve ser ainda maiores.



Alguns desses cuidados seguem abaixo:

- protetor solar em piscinas abertas é fundamental, assim como óculos para natação, usar tampões nos ouvidos também é aconselhável;

- se sentir fadiga muscular pare. Se for cãibra você pode ter dificuldades em chegar a borda;

- determinadas aulas causam desequilíbrio muscular quando há excesso do uso de nadadeiras ou palmar - ou quando se nada só um estilo;

- certos nados causam desgaste específico em regiões como lombar (nado peito) ou ombros (nado de costas). Faça reforço muscular;

- hidratação também é fundamental. Apesar da sensação de sede não ser a mesma de fora da água, não esqueça de ingerir líquidos.


Como toda atividade física, SEMPRE aconselho a ser feita de forma orientada por um Profissoinal de Educação Física.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

10 FATOS SOBRE O TABAGISMO.



Apesar da divulgação das VÁRIAS consequências negativas sobre o tabagismo, cada vez mais pessoas passam a fumar. Talvez por influência de amigos, para fazer parte da "turma", para sanar alguma insegurança ou até mesmo para tranquilizar. Portanto, se você está pensando em fumar, já experimentou e pensa em continuar, aí vão 10 fatos sobre o tabagismo:


1) O tabaco causa 1 em cada 10 mortes de adultos de todo mundo. Só em 2005, matou 5,5 milhões de pessoas. A projeção para o ano passado era de 8 milhões de óbitos;

2) Aproximadamente 29% da população mundial fuma, e o cigarro está por trás de mais da metade das doenças que matam seus usuários;

3) Acima de 80% dos quase 1 bilhão de fumantes em todo planeta vivem em países pobres ou de renda média . Estima-se que em 2030 8% das vítimas fatais do cigarro venham de países em desenvolvimento, como é o caso do Brasil;

4) O cigarro foi o responsável por 100 milhões de mortes só no século 20;


5) Fumar em locais fechados expõe fumantes e não-fumantes, os chamados fumantes passivos, aos efeitos nocivos do tabaco;

6) A queima dos derivados do tabaco libera mais de 4000 substâncias químicas;

7) Acredita-se que mais de 700 milhões de crianças respirem ar contaminado por substâncias derivadas da queima do tabaco, especialmente em casa;

8) 200.000 trabalhadores morrem a cada ano, vítimas da exposição ao tabaco no ambiente de trabalho;

9) Ventilação em lugares fechados não reduz a exposição aos derivados do tabaco;

10) O cigarro é a principal causa de morte no planeta.

Fonte: OMS (Organização Mundial da Saúde)

Então, se você pensa em começar a fumar, PARE enquanto é tempo, pois depois de viciado, como qualquer outra DROGA, é mais difícil.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

ATIVIDADE FÍSICA E SAÚDE




Atualmente, como conseqüência das mudanças nas condições de vida e de trabalho, poucos praticam atividades físicas. As pessoas se deslocam utilizando o transporte coletivo ou o próprio carro. No mais das vezes, devido à natureza do serviço que executam, passam horas e horas sentadas. Isto também acontece durante o lazer: sentam-se qnando vão a um barzinho, um cinema ou quando diante da televisão. Nos shoppings, os jovens sentam-se por muito tempo nas praças de alimentação ou ficam encostados nos corredores. Comportando-se dessa forma, a maioria das pessoas se exercita ou caminha cada vez menos, geralmente com a desculpa de que não tem tempo.
Sabidamente, a falta de atividade física traz conseqüências negativas para a saúde. Por isso, muita gente chama a atenção para a necessidade de se fazer caminhadas, praticar esportes ou ginástica.

As doenças de ontem e de hoje
Não é certo dizer que as atuais mudanças nas condições de vida e trabalho trouxeram apenas conseqüências negativas a saúde. Pelo contrário: ela foi largamente favorecida. Basta verificarmos a queda nas taxas de mortalidade e o aumento da expectativa de vida, resultantes da melhoria geral das condições de vida (alimentação, moradia, vestuário, transporte) e das condições ambientais (disseminação do saneamento básico: rede de esgotos, água canalizada, coleta de lixo), o que diminuiu em muito o número de pessoas que morrem ou adoecem por causa de doenças infecciosas. O crescente número de crianças e adultos vacinados também contribuiu de modo significativo para esse resultado. Conseqüentemente, as pessoas hoje em dia vivem mais.
E não é só isso: as pessoas também estão morrendo por motivos diferentes daqueles do passado. Antigamente, as doenças infecciosas e contagiosas - como a tuberculose, as diarréias e até as epidemias de gripe - eram as causas mais importantes de morte. Hoje, predominam as chamadas doenças crônico-degenerativas, como as doenças do coração e das coronárias (o infarto, por exemplo), os acidentes vasculares cerebrais (derrame), a hipertensão, o câncer, o diabetes. E cada vez mais pessoas morrem por causa de traumas e da violência nas cidades (acidentes de trânsito, homicídios, etc.).

Os novos fatores de risco
Os especialistas chamam a atenção para o fato de que os fatores mais importantes para a promoção da saúde são as melhorias do ambiente físico e social, e as mudanças no modo de vida pessoal. Assim, apontam três grupos de fatores que, nos tempos atuais, podem levar ao aumento das doenças ou gerar melhorias da saúde:
· Os fatores biológicos (idade, herança familiar ou fatores genéticos)
· Os fatores relacionados com o ambiente físico (ar, clima, temperatura, qualidade da água, radiação, etc.) e com o ambiente social (condições de trabalho, condições sociais, vida afetiva, etc.)
· Os fatores relacionados com o modo de vida pessoal (alimentação, atividade física, drogas, comportamento sexual, etc.)
O aumento do número de óbitos como conseqüência de doenças crônico-degenerativas tem muito a ver com o nosso modo de vida, pois estão diretamente relacionados com o excessivo consumo de álcool e fumo, com a falta de atividade física, com a alimentação inadequada (ingestão de muita gordura animal e excesso de sal) e com o aumento da tensão e ansiedade.
Uma forma de se verificar como o modo de vida determina a tendência a adoecer é o estudo dos fatores de risco, elementos que podem causar determinadas doenças e até levar à morte. Os cientistas descobriram que mais da metade dos fatores de risco das mortes por problemas cardíacos relacionam-se com características presentes na vida moderna. Esse moderno modo de viver é também a causa da metade dos casos de morte por acidentes vasculares cerebrais, e de mais de um terço dos fatores determinantes de casos de câncer.
Além disso, as doenças hoje predominantes estão muito interligadas: por exemplo, a hipertensão é importante fator de risco para os acidentes vasculares cerebrais e as doenças de coração.
Qual é, então, a melhor maneira de prevenir as doenças crônico-degenerativas e promover a nossa saúde? Se você respondeu que é reduzindo ou eliminando de nosso dia-a-dia esses fatores de risco, acertou!

Os benefícios da atividade física
Não resta dúvida de que a atividade física regular beneficia a nossa saúde, pois reduz o colesterol, a taxa de açúcar no sangue e, ainda, fortalece os músculos e as articulações. Propicia, ainda, os seguintes benefícios:
· reduz a tensão e ansiedade;
· ajuda a controlar o peso;
· ajuda a combater a osteoporose, ou seja, a fraqueza dos ossos provocada por perda excessiva da massa óssea;
· ajuda no controle da hipertensão;
· ajuda a combater os problemas do coração;
· ajuda no controle do diabetes.
No entanto, para que realmente tenhamos a totalidade desses efeitos benéficos precisamos também manter uma alimentação adequada, bem como evitarmos, dentro do possível, situações de tensão e ansiedade.
A atividade física saudável é aquela feita com prazer, sem exageros, realizada pelo menos três vezes por semana. Comumente, a caminhada e a prática de esportes - como a natação e o ciclismo - são os meios mais indicados.
A alimentação saudável é pobre em gordura animal, tem pouco sal e açúcar e é rica em fibras vegetais - frutas, verduras, legumes, cereais integrais, carne branca (de frango ou de peixe), leite e seus derivados, desnatados ou semidesnatados.
Para o controle do estresse e da ansiedade recomenda-se o descanso e o lazer, além da própria atividade física, bem como evitar correrias, tensão e/ou competição tanto no trabalho como na vida cotidiana.

Querer é poder?
O programa Viva Legal ensina que "se o seu objetivo é viver bem, com saúde e prazer, é preciso fazer as escolhas certas". Se você vai ou não praticar esportes ou fazer caminhada, se vai ou não deixar de fumar e de beber, isto depende unicamente de sua vontade e consciência. Porém, estas opções nem sempre dependem apenas de nossa vontade individual. Há situações em que a prática de atividade física é mais uma imposição do que uma decisão em favor de uma vida saudável. Carregadores de caminhão, serventes de obra e cortadores de cana, entre outros, praticam diariamente atividades físicas tão pesadas que podem vir a ter a saúde prejudicada. Há pessoas que, por não ter dinheiro para a passagem, praticam sem perceber uma atividade física saudável, como a caminhada para a escola ou o trabalho.
Em outras circunstâncias, a possibilidade de fazer exercícios físicos é muito restrita. Quem trabalha o dia inteiro, enfrenta filas e ônibus cheios, só quer saber de descansar quando chega em casa; uma professora que dá aulas em várias escolas, por exemplo, e que ainda cuida de sua família ao retornar do trabalho pode até estar realizando uma boa atividade física, mas num momento em que já está cansada demais.
Geralmente, as pessoas que caminham, pedalam, fazem ginástica ou praticam esportes em escolas, clubes, academias e praças são aquelas que possuem uma melhor condição socioeconômica e habitam em bairros onde há praças e até pistas para caminhadas. Tendo bom nível de escolaridade, sabem que uma vida saudável exige a prática de atividade física regular, uma alimentação boa e sem excessos, o abandono do hábito de fumar e, ao beber, fazê-lo com moderação. Se assim não procederem, é porque realmente não querem.
Os adultos ou idosos - que geralmente passaram a vida sem caminhar ou praticar esportes - são mais resistentes às mudanças de hábito; para eles, a prática de exercícios físicos dependerá de grande força de vontade, pelo menos inicialmente.
Atualmente, a sociedade e o poder público têm estimulado a prática de exercícios físicos para todas as idades. Entretanto, isto poderia ser ampliado com algumas simples contribuições, por exemplo:
· os professores e os agentes comunitários podem ajudar as pessoas a perceber como é importante fazer atividades físicas regularmente;
· as empresas podem criar oportunidades para que seus empregados pratiquem exercício físico nos intervalos ou mesmo durante a jornada de trabalho;
· o poder público e outras entidades poderão construir praças, quadras de esporte e pistas para caminhada ou bicicleta em bairros pobres, tanto nas cidades pequenas como nas grandes;
· a sociedade e o poder público podem melhorar as condições de trabalho e os salários, diminuindo ou acabando com a necessidade de emprego duplo e com as horas excessivas de trabalho, permitindo aos trabalhadores maiores oportunidades de folga e lazer.

ATIVIDADES SUGERIDAS
I – Inventário de pontos positivos e negativos para se ter uma boa saúde
Objetivo: refletir sobre o próprio modo de vida e seus efeitos sobre a saúde.
Primeira fase: Os participantes recebem uma folha de papel. Nela, cada um anota, no lado esquerdo, o que, em seu modo de vida, lhe ajuda a ter boa saúde (por exemplo: boa alimentação). E no lado direito, o que lhe prejudica a saúde (por exemplo: o fumo).
Segunda fase: No quadro, o coordenador (professor, agente de saúde ou educador) dos trabalhos listará, de um lado, todos os pontos positivos apresentados pelos grupos; de outro, todos os pontos negativos.
Terceira fase: Os participantes são divididos em grupos de até seis pessoas, que irão classificar, por ordem de importância, as listas de pontos positivos e negativos. Em seguida, irão discutir que mudanças no modo de vida são mais importantes para tornar a vida mais saudável. Cada grupo deve escolher um relator, que ficará encarregado de anotar as respostas do grupo.
Quarta fase: Os grupos se desfazem e cada relator lê, para todos os integrantes, as conclusões do grupo. Ao final, os participantes debatem as conclusões e aprovam um plano de mudança no modo de vida, considerando o tempo que levarão para iniciar e firmar o novo hábito.
II – Medindo as atividades físicas
Objetivo: verificar se as pessoas praticam atividade física regular e suficiente.
Primeira fase: O coordenador solicita aos participantes que anotem, numa folha, as atividades físicas que praticam e quanto tempo gastam com a mesma por dia e por semana. A folha já deve conter previamente uma lista de atividades físicas, com colunas para registrar o tempo gasto por dia e por semana.
Segunda fase: A turma é dividida em pequenos grupos de até seis pessoas, que analisarão as respostas e julgarão se a atividade física praticada é suficiente ou insuficiente. Cada grupo indica um relator para anotar as conclusões.
Terceira fase: Os grupos são desfeitos e cada relator passa a ler as respostas do grupo para os demais. No final, os resultados são debatidos e obtidas as conclusões sobre como a situação pode ser melhorada.