quinta-feira, 5 de julho de 2012

Atividade Física na Terceira Idade.

De acordo com o IBGE e com a OMS, o crescimento da população de idosos ocorre a um nível sem precedentes. O número quase duplica entre 2000 e 2020, atingindo 26,3 milhões de pessoas. Atualmente, uma em cada dez pessoas tem 60 anos ou mais e para 2050, a relação será de uma para cinco em todo mundo e uma para três nos países desenvolvidos. 

A falta de atividade física regular pode antecipar ou agravar as alterações fisiológicas causadas pelo envelhecimento, transformando-se em fatores determinantes para prejudicar a qualidade de vida do idoso e seu funcionamento corporal.  





A prática de atividade física deve SEMPRE ser orientada por um profissional de Educação Física e ANTES de começar a praticá-la, o idoso deve ir ao médico realizar um check up para verificar pressão arterial, quantidade de açúcar no sangue, colesterol, desvios posturais e possíveis lesões músculo-esqueléticas. 

A modalidade escolhida pelo idoso deve ser uma que leve em conta o seu próprio gosto assim como as recomendações médicas. 



Exercícios de força com no mínimo de 6 a 12 exercícios envolvendo os principais grupos musculares (braços, ombros, peitorais, abdômen, costas, quadris e pernas). Utilizar grandes massas musculares com movimentos semelhantes aos do cotidiano. Frequência semanal: 1 a 4 vezes por semana. Os idosos preferem 2 vezes por semana. 48 horas de intervalo é uma boa estratégia de recuperação.




Devem ser alternados por segmento para evitar fadiga muscular e SEMPRE respeitar os limites de cada um. E se por acaso o idoso sentir desconforto durante o exercício deve informar o professor imediatamente. 

Exercícios aeróbios devem ser prescritos de forma moderada de 20 a 40 minutos por dia com uma frequência semanal de no mínimo 5 vezes. Esse treinamento ainda pode ser dividido em três treinos de 10 minutos, alternados com treino de força por exemplo, evitando assim a fadiga do praticante. 

IMPORTANTE

• 80% das pessoas acima de 65 anos têm, pelo menos, 1 doença crônica e aos de 75 anos ou mais, pelo menos 3.

• O melhor modo de otimizar e promover a saúde do idoso é prevenir seus problemas médicos mais freqüentes


Mudanças fisiológicas e funcionais do treinamento físico
• Independência da vida diária;
• Melhor postura e equilíbrio;
• Melhora da auto-estima;
• Aumento da massa e força musculares;
• Diminuição do stress e depressão;
• Aumento do VO2 máximo - Absorção de O2;
• Maiores benefícios circulatórios periféricos;
• Melhora dos perfis glicêmicos e lipídeos;
• Redução da gordura corporal armazenada;
• Melhora das funções cardiorrespiratórias;
• Melhora da marcha e atividades diárias;
• Melhora da auto-confiança;
• Aumento da densidade óssea;
• Aumento da flexibilidade.



Além de todas essas melhorias fisiológicas existe a socialização os idosos praticantes de atividade físicas, já que infelizmente em sua maioria, o público dessa faixa etária passa muito tempo diário dentro de casa, longe dos amigos e as vezes da família. 





Abaixo segue a minha participação no Programa Sem Censura, da TV Brasil apresentado pela jornalista Leda Nagle. 








O importante no final das contas é que a atividade física melhore a vida do idoso nos aspectos físico, psiquico e social, elevando assim a qualidade de vida da pessoa nessa faixa etária. 

Se você tem 60 anos ou mais, ou conhece alguém nessa idade e está com dúvidas sobre o que deve ou não fazer, entre em contato que ficarei feliz em ajudar. 


















terça-feira, 19 de junho de 2012

FIBROMIALGIA

A fibromialgia é uma doença que tem sua causa desconhecia, porém os efeitos são muito conhecidos, principalmente pelos seus portadores.

Trata-se de uma síndrome dolorosa que se manifesta no sistema músculo-esquelético e pode apresentar sintomas em outros aparelhos e sistemas do organismo. Os portadores tem dificuldade em definir a origem da dor, sem saber definir se é muscular, óssea ou articular.

Essa dor é variada e pode ser de um leve incômodo até a dro similar á uma contusão. É muito comum também os pacientes usarem como referência para o agravamento dessa dor a mudança de tempo, principalmente para o tempo frio, umidade e estresse.

Ocorre mais em mulheres entre 20 e 55 anos e aproximadamente 30% dos pacientes apresenta um quadro de depressão.


O teste para diagnóstico é feito a partir de 18 pontos anatômicos espalhados pelo corpo que podem ser chamados de "tender points". Em caso de relato de dor em pelo menos 11 dos 18 pontos, pode caracterizar a doença. SOMENTE o médico pode dar esse diagnóstico e não existem exames de laboratório ou clínicos para caracterizar a fibromialgia. O histórico clínico do paciente também influencia.


Algumas caracterísicas podem ajudar a identificar pessoas portadoras da fibromialgia.

- Sensação de dor intermitente e inespecífica;

- Cansaço;
- Desânimo;
- Depressão;
- Isolamento social;
- Baixa auto-estima;
- Afastamento das atividades profissionais;
- Mau-humor.

Alguns fatores como sedentarismo, estresse, perfeccionismo ou interrupção bruta da atividade física podem prejudicar ainda mais o quadro. Além disso, pessoas que apresentam um quadro de fibromialgia podem ter paralelamente artrose e lombalgias.

O tratamento pode ser farmacológico ou não farmacológico e deve SEMPRE ser ACOMPANHADO POR UM MÉDICO.

A atividade física deve ser aplicada de forma bem moderada,  com baixa intensidade e pouco volume. É recomendado iniciar somente com exercícios aeróbios e de alongamento e somente depois de 6 semanas começar com o treinamento contra resistência (musculação, ginástica localizada), justamente pela dor muscular tardia provocada nesse tipo de atividade durante a adaptação. 


No treino neuromuscular o número alto de séries, repetições e intervalos de recuperação curtos devem ser evitados. 








Com a prática de atividade física regular, algumas melhoras fisiológicas são percebidas como por exemplo:


• Melhoria do sono e diminuição da fadiga;
• Diminuição da depressão;
• Melhora da auto-estima, menor sensação de incapacidade;
• Atividades físicas funcionais que melhoram o dia a dia;
• Diminuição dos pontos dolorosos e dores em geral;
• Melhora da interação social;
• Menor impacto da doença no dia a dia.


Os exercícios físicos na parte da manhã devem ser evitados em virtude da rigidez muscular normal nesse período do dia. 

Como TODO programa de atividade física regular, o programa com portadores de fibromialgia deve ser orientado por um profissional de Educação Física e com acompanhamento médico sempre. 





domingo, 11 de março de 2012

Avaliação Funcional

Assim que uma pessoa resolve aderir à prática da atividade física em algum clube ou academia, no ato da matrícula já é marcado um procedimento chamado AVALIAÇÃO FUNCIONAL. 


É de suma importância que esse procedimento seja realizado, já que capta informações detalhadas sobre o novo aluno que acabou de se matricular. 

É claro que ele já pode treinar com um programa provisório até a data da avaliação pois geralmente existe uma fila de espera, porém após a Avaliação Funcional ele saberá o que tem que mudar no seu dia a dia e principalmente o professor  terá no que se basear para elaborar o seu programa de treinamento.

Na avaliação, além de uma pequena entrevista chamada de anamnese, onde o cliente fornece informações básicas do seu dia a dia como alimentação, histórico médico, nível de estresse, são verificadas outras importantes informações como por exemplo:

-Postura, para verificar se existe a necessidade de algum trabalho específico e/ou mudança no seu dia a dia;

-Sua composição corporal, onde ele pode ver o seu percentual de gordura, o que geralmente é considerado como informação mais importante pelo avaliado;


-Perimetria, onde são verificadas se existem algumas diferenças consideráveis entre os braços e pernas e em caso positivo, a necessidade de um trabalho especial para equilibrar essas medidas;

- Seu condicionamento físico atráves de um teste de esforço;

- Sua flexibilidade, que influencia até mesmo na postura;

- Sua força abdominal.


Independentemente dos protocolos utilizados em diferentes academias, a Avaliação Funcional é muito importante, não só no início da prática da atividade física, mas também depois de alguns meses, em uma reavaliação para verificar se os resultados obtidos foram condizentes com os objetivos traçados na primeira avaliação. 



Esse procedimento deve ser repetido a cada três meses até porque os objetivos sempre mudam.